quinta-feira, 1 de outubro de 2020

PF mantem investigação sobre doação de R$ 1 mi de Eraí à campanha de Taques

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A Polícia Federal negou pedido do empresário Eraí Maggi, que tenta barrar o inquérito que investiga suposta doação ilegal de R$ 1 milhão à campanha do ex-governador Pedro Taques (Solidariedade) nas eleições de 2014. A investigação foi aberta após a delação premiada do empresário Alan Malouf.

Segundo Alan Malouf, Eraí foi um dos doadores entre um grupo de empresários num esquema de “caixa 2” da campanha de Pedro Taques. Na ocasião, segundo o delator, ele colaborou com R$ 1 milhão. A partir da colaboração foi aberto um inquérito sobre o caso.

Porém, a defesa do “Rei da Soja” argumenta que a colaboração premiada não pode ser subsídio para instauração imediata do inquérito. Alega que deve haver um procedimento preliminar como forma de angariar outras provas.

O pedido, entretanto, foi negado pelo delegado André Monteiro da Silva. Entre seus argumentos, está o fato de Eraí não figurar como investigado. Ele pontuou que ele pode prestar informações no caso.

“No caso de considerar que o impetrante não responda pelo delito de caixa dois eleitoral  neste apuratório, o requerente poderia elucidar os fatos como testemunha/declarante, haja vista o possível cometimento do referido delito pelo ex-governador Pedro Taques. Diante do exposto, manifesta-se pelo indeferimento da postulação apresentada por Eraí Maggi  visando o trancamento do presente Inquérito Policial, haja vista a existência de diligências pendentes para o esclarecimento dos fatos”, finalizou o delegado”, diz manifestação da Polícia Federal. 

DOAÇÃO DE R$ 500 MIL

Em outro inquérito com base na delação de Alan Malouf, a PF está levantando informações da doação de R$ 500 mil da HL Construtora à campanha de Taques por meio de “caixa 2”. O delator teria sido o responsável por cooptar a doação.

“O presente Inquérito Policial foi instaurado para apurar possível ocorrência do delito previsto no Art. 350 do Código Eleitoral (Caixa 2 eleitoral), tendo em vista a Cópia de sindicância do STJ, protocolo nº 4317/2019 - fato 02, HL Construtora, tratando-se do acordo de colaboração premiada firmado por Alan Ayou Malouf, em que este relatou supostas doações para a campanha eleitoral de Pedro Taques, no ano de 2014, não registradas oficialmente (caixa 2), por parte da empresa HL CONSTRUTORA, no montante de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais), em tese articuladas entre Alan Malouf, Paulo Taques, Pascoal Santullo Neto e Helmut Maaz Filho, proprietário da empresa”, diz trecho. 

Entre as apurações da PF, estão contratos da construtora com o Governo do Estado na gestão de Pedro Taques. Eventuais contratos comprovariam que a empresa teria sido “compensada” pela doação.

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