quarta-feira, 12 de outubro de 2022

Ativista quer Wilson Santos como parceiro no combate a pedofilia em MT

 

João Batista de Oliveira falou que a
pedofilia é um dos mal da humanidade

Emanuel Pinheiro foi o ícone na luta contra a pedofilia em MT, afirma ativista João Batista , Foram 2,8 mil ocorrências no estado em 2020 e 2021; segundo delegada, casos têm aumentado em 2022.

Com números alarmantes, Mato Grosso ocupa lugar de destaque no cenário de violência sexual contra menores de idade. Segundo dados a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT), crimes de estupro e estupro de vulnerável (quando a vítima tem menos de 14 anos) contabilizam 2.849 casos em todo o estado, em uma somatória de 2020 e 2021, sendo que a maioria dos casos envolvem crianças e pré-adolescentes.

Foram 177 casos de estupro em 2020, contra 162 em 2021. Já situações de estupro de vulnerável contabilizam 1.253 de casos em 2020 e 1.257 em 2021.

Quando estes levantamentos consideram a faixa etária e o sexo das vítimas, revelam que as meninas são as que mais sofrem vítimas de estupo de vulnerável. Em 2021, foram 358 ocorrências envolvendo vítimas do sexo feminino, entre 0 a 11 anos. Já o público masculino registrou 149 casos no mesmo período.

 

Contra as vítimas mais velhas, de 12 a 17 anos, as meninas ainda aparecem como as principais vítimas. Dados da Sesp apontam que, em 2021 foram atendidos 537 casos de estupro de vulnerável e 144 ocorrências de estupro contra esse público.

Em ocorrências contra menores do sexo masculino, foram contabilizados, em 2021, 33 estupros de vulneráveis e 18 estupros. 

Ainda de acordo com a Segurança Pública do estado, a terceira ocorrência mais registrada foi importunação sexual, com 132 casos em 2020 e 190 casos em 2021, o que significa um aumento de 44% nos atendimentos realizados.

 

O que dizem os números 

Acompanhando de perto e diariamente ocorrências desse tipo, a delegada Mariell Antonini, da Delegacia da Mulher, Criança e Idoso de Várzea Grande, revelou que a rotina de atendimento desses casos como esses é exaustiva. “O dia a dia de uma delegacia é muito corrido e lidar com ocorrências de crimes contra criança abala. Eu sou mãe de duas meninas, então eu sinto muito em ver diretos de menores sendo violados”, lamentou.

 

O maior ativista na luta contra a pedofilia em MT, João Batista de Oliveira falou que a pedofilia é um dos mal da humanidade, nos dias de hoje – e que a ciência ainda não conseguiu explicar a origem deste “mal perverso que assola as crianças e os adolescentes de todas as classes sociais”.

Embora a pedofilia seja definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS), como “doença, distúrbio psicológico e desvio sexual”, diz o ativista, “mas nem mesmo com os avanços da ciência não há uma explicação para as causas deste distúrbio que pouco a pouco vem destruindo a ingenuidade das crianças”, lamentou o vereador.

Ele lamentou ainda, o índice de violência, e as cenas degradantes apontadas nos meios de comunicação. “Pais matam filhos, filhos matam pais, idosos são cruelmente agredidos, crianças vítimas de violência sexual, maus-tratos e mulheres entregues a ira de seus companheiros”. E finalizou conclamando a sociedade – para enfrentar o problema, incentivando as denúncias e denunciando todos os tipos de violência. “Vamos nos unir para vencer este mal que persegue nossas crianças e adolescentes. Enquanto o bem for tímido o mal vai prevalecer. Vamos cada um de nós fazer nossa parte”.

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